Resumo:
Discentes: Águida, Aline, Cristiane, Jéssica, Natalya e Verônica.
Hepatite A
Aspectos
Clínicos e Epidemiológicos
Descrição:
Doença viral aguda, de manifestações clínicas variadas, desde formas
subclínicas, oligossintomáticas e até fulminantes. Os sintomas se assemelham a
uma síndrome gripal, porém há elevação das transaminases. O quadro clínico é
mais intenso à medida que aumenta a idade do paciente.
No percurso de uma hepatite
típica, há vários períodos:
Incubação
Prodrômico
Ictérico
Convalescença
Agente
etiológico: Vírus da Hepatite A
Reservatório:
Principalmente o homem, também primatas, como chimpanzés.
Modo
de transmissão: Fecal-oral, veiculação hídrica, pessoa a
pessoa, alimentos contaminados e transmissão percutânea.
Período
de transmissibilidade: Desde a segunda semana antes do início
dos sintomas até o final da segunda semana de doença.
Complicações: A
forma fulminante apresenta letalidade elevada ( 40 a 80% dos casos);
complicações no fígado.
Diagnóstico:
Pode ser clínico-laboratorial, clínico-epidemiológico e laboratorial. Apenas
com os aspectos clínicos, não é possível identificar o agente etiológico, sendo
necessário a realização de exames sorológicos.
Diagnóstico
diferencial: Hepatite por vírus B, C, D ou E; infecções
como: febre amarela, malária, dengue.
Tratamento: Não
existe tratamento específico para a forma aguda. Como recomendação geral,
orienta-se repouso relativo e uma dieta balanceada de acordo com cada
indivíduo.
Características
epidemiológicas: A Hepatite A tem distribuição universal e
apresenta-se de forma esporádica ou de surto. Tem maior prevalência em áreas
com más condições sanitárias e higiênicas.
Vigilância
Epidemiológica
Objetivos:
Conhecer a magnitude, tendência e distribuição da doença, por faixa etária e
áreas geográficas. Detectar, prevenir e controlar surtos, adotando e avaliando
o impacto das medidas de controle.
Notificação:
Todos os casos suspeitos ou confirmados e os surtos devem ser notificados e
investigados.
Hepatite B
É uma doença viral que cursa de forma assintomática ou sintomática
(até formas fulminantes). As formas sintomáticas são caracterizadas
por mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga,
artralgia, náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão
a alguns alimentos e ao cigarro. A icterícia, geralmente, inicia-se
quando a febre desaparece, podendo ser precedida por colúria e hipocolia
fecal.
Na forma aguda, os sintomas vão desaparecendo paulatinamente.
Algumas pessoas desenvolvem a forma crônica mantendo um processo inflamatório hepático por mais de 6 meses.
Agente etiológico - Vírus da Hepatite B (HBV).
Reservatório - O homem. Experimentalmente, chimpanzés, espécies
de pato e esquilo.
Modo de transmissão - O HBV é altamente infectivo e facilmente
transmitido pela via sexual, por transfusões de sangue, procedimentos
médicos e odontológicos e hemodiálises sem as adequadas normas de
biossegurança, pela transmissão vertical (mãe-filho), por contatos íntimos
domiciliares (compartilhamento de escova dental e lâminas de
barbear), acidentes perfurocortantes, compartilhamento de seringas e
de material para a realização de tatuagens e piercings.
Período de incubação - De 30 a 180 dias (em média, de 60 a 90 dias).
Complicações - Cronificação da infecção, cirrose hepática e suas
complicações (ascite, hemorragias digestivas, peritonite bacteriana espontânea,
encefalopatia hepática) e carcinoma hepatocelular.
Diagnóstico - Clínico-laboratorial e laboratorial. Apenas com os
aspectos clínicos não é possível identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames sorológicos.
Tratamento - Não existe tratamento específico para a forma aguda.
Se necessário, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido.
Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até, praticamente, a
normalização das aminotransferases. Dieta pobre em gordura e rica em
carboidratos é de uso popular, porém seu maior benefício é ser mais
agradável para o paciente anorético. A única restrição relaciona-se à ingestão
de álcool, que deve ser suspensa por 6 meses, no mínimo, sendo preferencialmente
por 1 ano. Medicamentos não devem ser administrados
sem recomendação médica, para não agravar o dano hepático.
Características epidemiológicas
Estimasse que o HBV seja responsável
por 1 milhão de mortes ao ano e que existem, no mundo 350 milhões de portadores
crônicos. Para estudo da doença classifica-se as regiões como de baixa moderada
e alta endemicidade, onde grupos populacionais passam a ter maior risco devido
à comportamentos sexuais inadequados, uso de drogas e ainda em profissionais e
paciente relacionados a hemodiálise.
Medidas de controle
As meninas mais
importantes incluem: profilaxia pré e pós exposição; uso individual e descarte
adequado de seringas e agulhas; vacinação, disponível no sistema único de
saúde, sendo analisada a vulnerabilidade do paciente, o que determinará atitude
a ser tomada quando a vacinação.
HEPATITE C
Descrição:
Doença viral com
infecções assintomáticas ou sintomáticas. As sintomáticas caracterizam-se por
mal-estar, cefaleia, febre baixa, anorexia, astenia, fadiga, artralgia (dor
articular), náuseas, vômitos, desconforto no hipocôndrio direito e aversão a
alguns alimentos e ao cigarro. Pode apresentar também hepatomegalia (aumento do
fígado) e Hepatoesplenomegalia ( aumento do fígado e do baço).
Agente
Etiológico:
Vírus da Hepatite C (HCV)
Reservatório:
O homem
Modo
de Transmissão:
1.
Via
Parenteral: por transfusão de sangue ou hemoderivados,
ocorridos antes de 1993; pessoas que compartilham material para uso de drogas
injetáveis, inaláveis e pipadas; tatuagens, piercings e outras formas de
exposição percutânea.
2.
Sexual:
principalmente,
pessoas com múltiplos parceiros e com práticas sexuais de risco acrescido ( sem
uso de preservativos).
3.
Perinatal:
no
momento do parto ou logo após, já a transmissão intrauterina é incomum.
Período
de Incubação:
De 15 a150 dias.
Período
de Transmissibilidade:
1 semana antes dos sintomas e mantém-se
enquanto o paciente apresentar RNA – HCV detectável.
Complicações:
Cronificação
da infecção, cirrose hepática e suas complicações (EX: Hemorragia digestiva) e
Carcinoma hepatocelular.
Diagnóstico:
Clinico
– laboratorial. Somente com a observação dos aspectos clínicos não é possível
identificar o agente etiológico, sendo necessária a realização de exames
sorológicos.
Diagnóstico
Diferencial:
Hepatites
(A,B, D e E); Leptospirose, Febre Amarela, Malária, Dengue, Sepse, Uso abusivo
de álcool/ alguns medicamentos e substâncias químicas.
Tratamento:
ü Repouso
relativo até a normalização das aminotransferase;
ü Dieta
pobre em gordura e rica em carboidratos, por ser agradável ao paciente anorético;
ü Restrição
à ingestão de álcool;
ü Na
Hepatite Crônica, segundo o grau de acometimento hepático, devido à alta
complexidade do tratamento, acompanhamento e manejo dos efeitos colaterais, ele
deve ser realizado em serviços especializados ( média e Alta Complexidade do
SUS).
Características Epidemiológicas:
Estima-se
que existam 170 milhões de pessoas infectadas em todo mundo. No Brasil, com
base em doadores de sangue, a prevalência do anti- HCV nas diversas regiões foi
de 0,62% no Norte; 0,55% no Nordeste; 0,43% no Sudeste; 0,28% no Centro Oeste e
0,46% no Sul. (ANVISA, 2002)
Vigilância
Epidemiológica:
Todos os casos devem ser
notificados e investigados.
ü Definição de Caso (Investigação)
Suspeita Clinica
|
Suspeito com marcador sorológico reagente
|
Sintomático ictérico
|
Doador de sangue
|
Sintomático anictérico
|
Individuo
assintomático com marcador reagente para Hepatite viral C
|
Assintomático
|
Caso confirmado
|
Medidas de
Controle:
Não há vacina, nem
imunoglobulina para Hepatite C, por isso aos portadores crônicos são
recomendadas as vacinas contra Hepatite A e B, se forem suscetíveis.
Deve-se estimular o uso
de preservativos.
Para evitar a
possibilidade da transmissão vertical (mãe – filho) e pelo aleitamento materno,
o cuidado inicial é para com as mães infectadas pelo HCV.
ASPECTOS CLÍNICOS E
EPIDEMIOLÓGICOS
Descrição - Doenca viral aguda que pode evoluir para forma cronica,
apresentar-se como infeccao assintomatica, sintomatica ou
como
formas gravissimas, inclusive com obito. O virus HDV ou
delta e altamente
patogenico e infeccioso. Pode ser transmitido junto com o
HBV
a individuos sem contato previo com o HBV, caracterizando a
co-infeccao,
ou pode ser transmitido a individuos ja portadores de HBsAg,
caracterizando a superinfeccao. Excepcionalmente, pode
levar a formas fulminantes e cronicas de Hepatite
Agente etiológico - Virus da Hepatite D ou Delta (HDV).
Reservatório - O homem.
Modo de transmissão - via sexual, solucao de continuidade (pele e mucosa),
transfusoes de
sangue, procedimentos medicos e odontologicos e hemodialises
sem
as adequadas normas de biosseguranca, transmissao vertical
(mae -
filho), contatos intimos domiciliares (compartilhamento de
escova
dental e laminas de barbear), acidentes perfurocortantes,
compartilhamento
de seringas e de material para a realizacao de tatuagens e piercings.
Período de incubação - De 30 a 180 dias, sendo menor na superinfeccao:
de
14 a 56 dias.
Período
de transmissibilidade -
Uma semana antes do inicio dos
sintomas e mantem-se enquanto o paciente
apresentar HCV-RNA
detectavel.
Complicações
- Pode ocorrer evolucao
para a cronicidade em ate
79,9% dos casos de superinfeccao. Com isso, ha
agravamento das manifestacoes
clinicas e dos quadros bioquimico e histológico.
Superinfecção ocorre uma evolução em maior velocidade pra a cirrose hepatica e, na co-infeccao,
uma maior probabilidade de quadros fulminantes.
Diagnóstico
- Clinico-laboratorial.
Apenas com os aspectos clinicos
nao e possivel identificar o agente etiologico,
sendo necessaria a realizacao
de exames sorológicos.
Formas HBsAg AntiHBc
Formas
HBsAg AntiHBc
Diagnóstico
diferencial - Hepatite por virus A,
B, C ou E; infeccoes
como leptospirose, febre amarela, malaria,
dengue, sepse, citomegalovirus
e mononucleose; doencas hemoliticas; obstrucoes
biliares;
uso abusivo de alcool e uso de alguns
medicamentos e substancias
quimicas.
Tratamento
- O tratamento e
complexo e, muitas vezes, o paciente
volta a expressar o RNA-HDV no soro. Nao existe
tratamento especifico para a forma aguda.
Características epidemiológicas - Em areas endemicas de infeccao
pelo HBV, o estado de portador cronico (HBsAg positivo)
constitui
o principal fator para a propagacao do HDV, bem como grupos
de risco acrescido, como usuarios de drogas, hemodialisados
e politransfundidos.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Objetivos -
Controlar as hepatites virais no Brasil, atraves do conhecimento
da magnitude, tendencia e distribuicao geografica e por
faixa
etaria, visando identificar os principais fatores de risco e
fortalecer
as atividades de vacinação contra a Hepatite B em areas ou
grupos de
maior risco.
Notificação -
Os casos suspeitos, confirmados e os surtos devem ser
notificados
e investigados.
Definição de caso –
Suspeita clinica/bioquímica
·
Sintomático ictérico
·
Sintomático anictérico
·
Assintomático
·
Indivíduo assintomático
doador de sangue, com um ou mais marcadores reagentes para Hepatite D.
·
Indivíduo assintomático com marcador reagente para
Hepatite viral D.
·
Caso confirmado.
MEDIDAS DE CONTROLE
A vacina contra a Hepatite B e uma forma de reduzir a
prevalencia da
Hepatite D. O uso de preservativo, não compartilhar
seringas, o uso correto das normas de biossegurança. Notificar os casos de
hepatite D e encaminha-los encaminhá-los ao serviço de
vigilância epidemiológica municipal ou estadual, para completar a investigação
e receber assistência médica.
A
hepatite E é uma doença viral aguda autolimitada. Apresenta curso benigno,
apresenta-se de uma forma assintomática (usualmente em crianças) ou com
sintomas semelhantes à hepatite A, sendo a icterícia observada na maioria dos
pacientes. Tem período de incubação que varia de 14 a 60 dias, (média de 42
dias). Além do período de incubação,
possui o período prodômico ou pré-ictérico, ictérico e convalescença.
Tem
como agente etiológico o vírus da Hepatite E (HEV), e o reservatório é o homem, o modo de
transmissão é oral-fecal, principalmente através da agua e alimentos
contaminados por dejetos. Apesar de ser raro pode ser transmitido por via
vertical e parenteral. Duas semanas antes do inicio dos sintomas até o final da
segunda semana caracteriza o período de transmissibilidade. Em gestantes, a
hepatite E é mais grave, podendo apresentar formas fulminantes.
O
diagnóstico é clínico-laboratorial. Apenas clínicos não é possível identificar
o agente etiológico, sendo necessário a realização de exames sorológicos. O
diagnóstico diferencial pode ser hepatite por vírus A, B, C ou D. Não existe
tratamento especifico para forma aguda, apenas para sintomas. Recomenda-se
repouso relativo ate praticamente a normalização das aminotransferases. Com
restrição para ingestão de álcool, no mínimo por seis meses.
Sobre
as características epidemiológicas, a
infecção apresenta-se de forma esporádica e de surtos. E frequente em áreas sem
saneamento básico e em instituições fechadas, com baixo padrão de higiene.
Frequentemente, as epidemias estão relacionadas a contaminação de alimentos e reservatórios de água,
principalmente apos calamidades publicas.
Na vigilância epidemiológica os objetivos são conhecer a
magnitude, tendência, distribuição da doença por faixa etária e áreas
geográficas e investigar surtos para a adoção de medidas de controle. Os casos
suspeitos, confirmados e os surtos devem ser
notificados e investigados, visando adoção das medidas de
controle
pertinentes. As
medidas de controle incluem a notificação de surtos e os cuidados com o
paciente. A notificação e importante para que se desencadeie a investigação das
fontes
comuns e o controle da transmissão por meio de medidas
preventivas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário